Povos Indígenas

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Ikpeng (povo)

Os Ikpeng vieram para a região dos formadores do Xingu no início do século XX, quando viviam em estado de guerra com seus vizinhos alto-xinguanos. O contato com o mundo não indígena foi ainda mais recente, no início da década de 60, e teve conseqüências desastrosas para sua população, que foi reduzida em menos da metade em …

Ingarikó (povo)

Os Ingarikó se definem como Kapon, assim como os Akawaio e os Patamona, que vivem na Guiana. Habitam uma região serrana belíssima, adjacente ao monte Roraima, que é também limite setentrional do Brasil. Ainda que mantenham antigas práticas xamânicas e se considerem descendentes dos irmãos mitológicos Makunaimë e Siikë, são adeptos da religião indígena Areruya, que …

Jamamadí (povo)

Os Jamamadi fazem parte dos povos indígenas pouco conhecidos da região dos rios Juruá e Purus que sobreviveram aos dois ciclos da borracha, em meados do século XIX. Nos anos 1960, foi previsto seu desaparecimento como grupo diferenciado, mas a partir daquela época os Jamamadi conseguiram se recuperar, tanto em termos demográficos quanto culturais. Este …

Javaé (povo)

Os Javaé, assim como os Karajá e os Xambioá, são um dos poucos povos indígenas da antiga Capitania de Goiás que sobreviveram às capturas e grandes mortandades promovidas pelos bandeirantes, à política repressora dos aldeamentos, às epidemias trazidas pelos colonizadores em épocas diferentes e à invasão crescente do seu território. Muitos estudos destacam a notável …

Juruna (povo)

Conversa com um homem: — Qual é o nome desse rio? Esse rio não tem nome, dizemos simplesmente iya ithabï. — Quais são as fronteiras de sua terra? De Altamira ao Morená, este rio é nossa terra. — O que quer dizer seu nome? Nosso nome, Yudjá, nós o temos porque somos deste rio, nós …

Ka’apor (povo)

Os Ka´apor surgiram como povo distinto há cerca de 300 anos, provavelmente na região entre os rios Tocantins e Xingu. Talvez por causa de conflitos com colonizadores luso-brasileiros e com outros povos nativos, iniciaram uma longa e lenta migração que os levou, nos idos de 1870, do Pará, através do rio Gurupi, ao Maranhão. Colonizadores …

Kadiwéu (povo)

Os Kadiwéu, conhecidos como “índios cavaleiros”, por sua destreza na montaria, guardam em sua mitologia, na arte e em seus rituais o modo de ser de uma sociedade hierarquizada entre senhores e cativos. Guerreiros, lutaram pelo Brasil na Guerra do Paraguai, razão pela qual, como contam, tiveram suas terras reconhecidas.

Kaiabi (povo)

Os Kawaiwete resistiram com vigor às invasões de suas terras ancestrais por empresas seringalistas desde o final do século XIX. A partir dos anos 1950, a região dos rios Arinos, dos Peixes e Teles Pires foi retalhada em pequenas áreas que viraram fazendas e, forçados a deixar suas áreas tradicionais, dividiram-se em três grupos. A …

O contato dos Kaingang com a sociedade envolvente teve início no final do século XVIII e efetivou-se em meados do século XIX, quando os primeiros chefes políticos tradicionais (Põ’í ou Rekakê) aceitaram aliar-se aos conquistadores brancos (Fóg), transformando-se em capitães. Esses capitães foram fundamentais na pacificação de dezenas de grupos arredios que foram vencidos entre …

Três aspectos da vida guarani expressam uma identidade que dá especificidade, forma e cria um “modo de ser guarani”: a) o ava ñe’ë (ava: homem, pessoa guarani; ñe’ë: palavra que se confunde com “alma”) ou fala, linguagem, que define identidade na comunicação verbal; b) o tamõi (avô) ou ancestrais míticos comuns e c) o ava reko (teko: “ser, estado de vida, condição, estar, costume, …